Francisco convidou
os católicos a imitarem o exemplo dos novos santos a fim de superarem os
interesses “terrenos”
Da redação, com Agência
Ecclesia
Neste domingo, 23, Festa de Cristo Rei do Universo,
o Papa Francisco presidiu no Vaticano a canonização de seis novos santos da
Igreja e os apresentou como exemplos de amor a Deus e ao próximo que devem
inspirar os católicos a superar os interesses “terrenos”.
“Que os novos santos, com o seu exemplo e a sua
intercessão, façam crescer em nós a alegria de caminhar na estrada do
Evangelho, a decisão de o assumir como bússola da nossa vida. Sigamos os seus
passos, imitemos a sua fé e a sua caridade, para que a nossa esperança se
revista de imortalidade: não nos deixemos distrair por outros interesses
terrenos e passageiros”, afirmou o Santo Padre na homilia.
Entre os novos santos estão dois
religiosos indianos, o padre Ciríaco Elias Chavara (1805-1871),
fundador da Congregação dos Carmelitas da Beata Virgem Maria Imaculada, e a
irmãEufrásia do Sagrado Coração (Rosa Eluvathingal,
1877-1952).
Os outros santos são quatro
religiosos italianos: Giovanni Antonio Farina,
bispo de Vicenza e fundador das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas do
Sagrado Coração (1803-1888); Nicola da Longobardi (1650-1709),
oblato professo da Ordem dos Mínimos; Ludovico de Casoria(1814-1885),
sacerdote franciscano que fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas
Elisabetinas, instituição dedicada sobretudo à oração e à assistência aos
doentes e idosos;Amato Ronconi, da Ordem Terceira de
São Francisco, fundador do Hospital dos Pobres Peregrinos em Saludecio, agora
‘Casa de Repouso Obra Pia Beato Amato Ronconi’, que viveu no século XIII.
“Hoje, a Igreja coloca diante de nós como modelos
os novos santos que, através das obras de uma generosa dedicação a Deus e aos
irmãos, serviram, cada um no seu âmbito, o Reino de Deus”, declarou o Papa,
elogiando a “extraordinária criatividade” destes religiosos para responder “ao
mandamento do amor a Deus e ao próximo”.
Na sua homilia, Francisco pediu
que os que são chamados a assumir responsabilidades nas comunidades católicas
sejam “pastores”, à imagem de Jesus, e não “mercenários”.
Segundo o Papa, a “regra de vida” apresentada por
Cristo exige “a proximidade e a ternura”, a “imitação” das suas obras de
misericórdia.
“No entardecer da vida seremos julgados pelo amor,
pela proximidade e a ternura para com os irmãos. Disto vai depender a nossa
entrada ou não no Reino de Deus, a nossa colocação de um lado ou do outro”,
observou.
No final da Missa, o Papa recitou o Angelus,
pedindo que através dos dois novos santos indianos, um modelo de “concórdia e
de reconciliação”, “o Senhor conceda um novo impulso missionário” a esta Igreja
“muito corajosa”, no caminho da “solidariedade e da convivência fraterna”.
Francisco saudou ainda as delegações vindas da
Itália, recordando a importância do “espírito de colaboração e de concórdia
pelo bem comum”, confiando na presença de Deus que “nunca abandona, mesmo nos
momentos mais difíceis”.
Fonte:
Canção Nova
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